1 Três dias mais tarde quando David, acompanhado dos seus homens, chegou a casa na cidade de Ziclague, constatou que os amalequitas tinham feito uma incursão na cidade e queimado tudo inteiramente, levando consigo mulheres e crianças. Ao olharem para aquilo, e ao darem-se conta do que acontecera às suas famílias, choraram todos dolorosamente.
5 As duas mulheres de David, Ainoã e Abigail, encontravam-se também entre as cativas.
6 David estava seriamente preocupado, porque os homens, na sua grande dor por causa dos filhos que os amalequitas lhes tinham levado, falavam até de o apedrejarem. No entanto David tomou forças no Senhor seu Deus.
7 Então disse ao sacerdote Abiatar: Traz-me aqui o éfode! E perguntou ao Senhor: Vou no encalço deles? Apanhá-los-emos? O Senhor respondeu-lhe: Vai, persegue-os; recuperarás tudo o que eles vos levaram!
9 David, mais os outros seiscentos homens, partiram atrás dos amalequitas. Quando alcançaram o ribeiro de Besor, duzentos deles estavam de tal maneira exaustos que nem conseguiram atravessá-lo; mas os outros quatrocentos prosseguiram na corrida. Pelo caminho, a certa altura encontraram um moço egípcio num campo e trouxeram-no a David. O rapaz não tinha comido nem bebido nada durante três dias e três noites; deram-lhe parte dum bolo de figos, duas mãos-cheias de uvas secas, água para beber, e depois disso recuperou as forças.
13 Quem és tu? Donde vens?, perguntou-lhe David.Sou egípcio, servo dum amalequita. O meu senhor abandonou-me há três dias porque eu estava muito doente. Vínhamos de uma incursão militar no Negueve e também no sul de Judá, e ainda na terra de Calebe; também destruímos Ziclague.
15 Podes dizer-me para onde foram eles? Se me jurares em nome de Deus que não me matas nem me entregas de novo ao meu amo, então guiar-te-ei até eles.
16 E assim levou-os ao acampamento dos amalequitas. Estavam todos espalhados numa grande área daquela terra, comendo, bebendo, dançando de alegria por causa do enorme despojo que tinham trazido da Filisteia e de Judá. David e os companheiros saltaram-lhes em cima e mataram neles durante a noite toda, mais o dia seguinte até ao anoitecer. Os únicos que conseguiram escapar foram quatrocentos rapazes que fugiram montados em camelos. David recuperou tudo o que eles tinham levado. Os homens retomaram as famílias e os haveres; David pôde libertar as suas duas mulheres. Toda a gente juntou o gado e os rebanhos, conduzindo-os diante de si e exclamavam: Este é o teu despojo, David!
21 Quando chegaram de novo ao ribeiro de Besor e se juntaram aos tais duzentos que não tinham podido continuar por se encontrarem esgotados, sem forças, David saudou-os pacificamente. Mas alguns dos que vinham com David, homens ruins, perversos, começaram a dizer: Esses não vieram connosco, não hão-de de ter parte no despojo. Que se lhes dê as mulheres e os filhos e que se vão embora.
23 Não, meus irmãos! O Senhor guardou-nos e ajudou-nos a derrotar o inimigo. Numa altura destas alguém poderia dar ouvidos a uma tal proposta? Vamos todos repartir o que obtivemos irmãmente - os que foram à batalha e os que guardaram as bagagens.
25 Foi então que David fez disso uma lei em todo o Israel, e que ainda hoje é válida.
26 Quando chegou a Ziclague enviou parte do saque aos anciãos de Judá: Isto é um presente para vocês, tirado aos inimigos do Senhor, escreveu-lhes. Estes presentes foram enviados aos anciãos das seguintes cidades onde David e os companheiros tinham estado: Betel, Sul de Ramote, Jatir, Aroer, Sifmote, Estemoa, Racal, as cidades dos jerameelitas, as cidades dos queneus, Horma, Borasã, Atace, Hebrom.