1 Apresentaram-se então no banquete de Ester o rei e Hamã juntos. De novo o monarca, chegando o momento de servir os vinhos, lhe perguntou: O que é que pretendes, rainha Ester? Qual é o desejo que queres apresentar? Seja o que for te darei, até metade do reino!
3 A rainha disse então: Se realmente eu ganhei, ó rei, as tuas boas graças, e se bem te parecer, peço que salves a minha vida e a do meu povo. Porque tanto eu como o meu povo fomos vendidos a quem nos quer destruir. Estamos condenados a ser liquidados, assassinados. Se ao menos fôssemos vendidos como escravos e escravas, talvez me calasse, visto que com isso o prejuízo causado ao rei não seria de enorme monta.
5 Mas de que é que estás tu a falar? Quem é que pretende atentar contra a tua vida?
6 É este mau Hamã que aqui está, que é nosso inimigo, respondeu Ester. Hamã empalideceu de terror perante os dois.
7 O monarca levantou-se de um salto e retirou-se para o jardim do palácio amã entretanto tentou livrar a sua vida junto de Ester, implorando-lhe que o salvasse, pois sabia que estava perdido.
8 Hamã lançou-se de joelhos junto ao leito em que a rainha se reclinava, e eis que nesse momento regressa o rei vindo dos jardins do palácio. O quê? será que ainda por cima ele queria abusar da rainha debaixo do meu tecto?, rugiu o monarca. E logo mandou que o condenassem à morte. Os ajudantes do rei apressaram-se a pôr-lhe sobre o rosto o véu de condenado.
9 Harbona, um dos eunucos do palácio lembrou: Majestade, Hamã acabava de mandar erguer uma forca de vinte e cinco metros para fazer enforcar Mardoqueu, o homem que salvou a vossa vida! Essa forca ainda lá está junto à casa dele.Enforquem-no aí, ordenou o soberano.
10 Assim fizeram, e a ira do rei apaziguou-se.