1 Os líderes de Israel tinham prometido em Mizpá nunca mais deixar as suas filhas casarem com homens da tribo de Benjamim. Os chefes israelitas reuniram-se depois em Betel, diante de Deus, chorando amargamente até à noite.
3 Ó Senhor Deus de Israel, clamavam eles, porque é que isto teve de acontecer, que agora falte uma das nossas tribos?
4 Na manhã seguinte levantaram-se cedo e construíram um altar, oferecendo sacrifícios e ofertas de paz sobre ele. Então uma pergunta lhes veio ao espírito: Houve alguma tribo que não se tivesse feito representar quando nos reunimos perante o Senhor em Mizpá? Nessa altura tinha-se feito um juramento em como, se alguém recusasse vir, deveria morrer.
6 Levantou-se pois entre todos uma profunda tristeza pela perda da tribo irmã - Benjamim.Israel perdeu uma parte de si mesmo, diziam eles entre si. Perdemos toda uma tribo do nosso povo.
7 E agora como é que vamos arranjar mulheres para os poucos que restaram visto que jurámos, na presença do Senhor, que não lhes daríamos as nossas filhas?
8 E tornaram a reflectir com respeito àquele juramento que tinham feito de matar os que tivessem recusado apresentar-se em Mizpá, acabando por constatar que ninguém de Jabes-Gileade viera. Mandaram então doze mil dos seus melhores soldados para destruir o povo daquela localidade; mataram os homens todos, mais as mulheres casadas e ainda as crianças. Contudo pouparam as virgens em idade de casar; destas, contaram-se quatrocentas, que foram trazidas ao campo de Silo.
13 Israel enviou após isso uma delegação de paz até ao pequeno resto do povo de Benjamim, que estava na rocha de Rimom. As quatrocentas raparigas foram-lhes dadas e a delegação voltou para trás; no entanto nem mesmo assim havia bastantes raparigas para os benjamitas todos.
15 (Isto, claro está, aumentava mais ainda a tristeza dos israelitas, pelo facto de o Senhor - como dizia o povo - ter permitido aquela brecha no conjunto de Israel.)
16 O que é que havemos então de fazer com este problema de arranjar mulheres para os outros! Logo haviam de ter morrido todas as mulheres de Benjamim!, exclamavam os chefes de Israel. Tem de haver uma solução, se não, toda uma tribo de Israel vai ficar perdida para sempre. Mas em todo o caso não poderemos dar-lhes as nossas filhas. Jurámos solenemente em como qualquer de nós que isso fizesse seria maldito de Deus.
19 A certa altura alguém apresentou uma ideia: Anualmente há uma festa religiosa, nos campos de Silo, entre Lebona e Betel, junto à estrada -a nascente dela - o que vai de Betel a Siquem.
20 Foram pois dizer aos homens de Benjamim que ainda precisavam de mulheres: Vão-se esconder nessa altura por entre as vinhas, e quando as raparigas de Silo se chegarem para dançar, corram a apanhá-las e levem-nas para vossas mulheres! Quando os pais e os irmãos delas vierem protestar, dir-lhe-emos: Por favor, sejam compreensivos e deixem-nos ficar com as moças; sabem bem que não conseguimos achar mulheres suficientes para eles quando fomos destruir Jabes-Gileade; e pela vossa parte vocês também não podiam ter dado as raparigas sem se tornarem culpados.
23 Os tais homens de Benjamim fizeram assim; raptaram as moças que participavam na celebração religiosa e levaram-nas consigo. Reconstruíram as povoações e continuaram a viver ali. Assim o povo de Israel regressou cada qual às suas terras.
25 Não havia pois rei em Israel naquela altura, e cada um fazia o que lhe parecia melhor na sua ideia.