1 Durante o mês de Setembro, certo dia todo o povo se concentrou na praça em frente à porta da Água e requereu de Esdras, chefe religioso, que lhes lesse a lei de Deus, que tinha sido dada a Moisés.
2 Então Esdras, que era também sacerdote, trouxe o rolo das leis de Moisés, subiu para um estrado de madeira feito propositadamente para aquela cerimónia, para que toda a gente pudesse vê-lo enquanto lia. O estrado estava virado para o lado da praça, frente à porta da Água; começou a ler de manhã cedo, até ao meio-dia. Quando abriu o rolo, toda a gente se levantou. Todos os que tinham idade de compreender prestavam muita atenção ao que ouviam. À direita de Esdras encontravam-se Matitias, Sema, Ananias, Urias, Hilquias, e Maaséias. À sua esquerda estavam Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias, Mesulão.
6 Esdras louvou o Senhor, o grande Deus, e todo o povo disse Amém, levantando as mãos para o céu. Depois curvaram-se e adoraram o Senhor, com os rostos em terra.
7 Os levitas - Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sebatai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías - dirigiram-se ao povo, que permanecia nos seus lugares, e explicavam o sentido da passagem que estava a ser lida. Todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.
9 Então o sacerdote Esdras e eu próprio, Neemias, como governador, mais os levitas que me assistiam, dissemos-lhes: Não chorem, sobretudo num dia como este! Hoje será um dia consagrado ao Senhor vosso Deus. Vão comer uma boa refeição, disse-lhes eu, e mandem presentes aos que são necessitados. Não estejam tristes, porque a alegria do Senhor é a vossa força!
11 Também os levitas sossegavam o povo: Não se ponham assim! Não chorem! Este dia deve ser de uma santa alegria e não de amargura!
12 Todo o povo foi então comer festivamente e mandaram dádivas a outros. Foi uma ocasião de grande e alegre celebração, pois que puderam ouvir e compreender as palavras de Deus.
13 No dia seguinte juntaram-se os líderes, os sacerdotes e os levitas e foram ter com Esdras para continuarem a debruçar-se sobre a lei, agora com mais detalhe. Enquanto a estudavam, deram-se conta de que Jeová dissera a Moisés que o povo deveria viver em tendas durante a festa dos tabernáculos, a realizar-se nesse mês. Deus tinha dito igualmente que deveria ser feita uma proclamação em todas as localidades da terra, particularmente em Jerusalém, dizendo ao povo que fossem aos montes, trouxessem ramos de oliveira, de zambujeiro, de murta, de palmeira e de figueira, e que fizessem cabanas onde vivessem durante o tempo da festividade.
16 Todo o povo assim fez: foi buscar ramos, cortaram-nos e fizeram cabanas nos telhados das suas habitações, nos pátios das casas, no pátio do templo, na praça por detrás da porta da Água e na praça da porta de Efraim. As pessoas viveram ali nessas barracas durante os sete dias das festividades, e toda a gente estava cheia de alegria! Tal coisa nunca tinha sido feita, desde os tempos de Josué. Esdras leu no rolo em cada dia da celebração. No oitavo dia houve um serviço solene de encerramento tal como requeria a lei de Moisés.